Justiça mantém prisão de psicólogo acusado de torturar gatos no DF
15/10/2025
(Foto: Reprodução) Gato que estava com suspeito foi encontrado com uma das patas fraturadas.
PCDF
O Tribunal de Justiça do DF (TJDFT) decidiu manter a prisão preventiva de Pablo Stuart Fernandes Carvalho, psicólogo acusado de torturar gatos adotados sob o pretexto de realizar “experimentos”.
A decisão foi assinada nesta terça-feira (14) pela juíza Dara Pamella Oliveira Machado, da 2ª Vara Criminal do Gama.
Pablo está preso desde março, quando foi indiciado 16 vezes por maus-tratos.
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Segundo a Polícia Civil, ele procurava cuidadores com um discurso emotivo e protetivo, sempre interessado em gatos de pelagem tigrada.
Após a adoção, os animais desapareciam. Um dos bichos foi encontrado com a pata fraturada e encaminhado para adoção responsável.
Prisão mantida
Na decisão, a juíza rejeitou o pedido da defesa para revogar a prisão. Os advogados alegaram excesso de prazo na detenção, mas o argumento não convenceu.
“A questão de excesso de prazo não é meramente matemática, sendo que eventual demora na conclusão da instrução processual deve ser examinada à luz da razoabilidade e da proporcionalidade, que podem ou não afastar a alegação de constrangimento ilegal, diante da natureza e complexidade da causa”, escreveu Dara Pamella.
Para a magistrada, não houve qualquer mudança no cenário que justificou a prisão. “A custódia permanece necessária à garantia da ordem pública e à prevenção da reiteração criminosa”, afirmou.
A defesa também tentou anular o exame de insanidade mental, alegando que ele foi determinado sem pedido da parte e que poderia atrasar o processo.
A juíza explicou que, pela lei, o juiz pode solicitar esse tipo de avaliação quando há dúvida sobre a saúde mental do réu. No caso de Pablo, ela viu indícios nos autos que justificam a medida.
“O incidente foi instaurado com base em indícios extraídos dos autos, sendo medida de caráter técnico e protetivo, não configurando ilegalidade”, pontuou.
Relembre o caso
Psicólogo que teria adotado gatos para 'experimentos' é preso no DF
Em áudios obtidos pela polícia, o homem diz que teria feito "experimentos com os animais adotados", o que pode ter resultado na morte de alguns deles.
"Em outro áudio, ele menciona ter passado por momentos de surto, nos quais teria abandonado dois dos gatos adotados", diz a Polícia Civil.
Um dos animais que estavam com Pablo foi encontrado com uma pata fraturada. O filhote foi regatado e encaminhado para adoção responsável (veja vídeo abaixo).
De acordo com a polícia, novos gatos foram encontrados com o suspeito, que ficou em silêncio no momento da prisão. A Justiça manteve a prisão dele durante audiência de custódia.
Gato resgatado da casa de psicólogo passou por cirurgia
Como denunciar maus-tratos contra animais❓
Pelo telefone 197, da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF)
Por e-mail: denuncia197@pcdf.df.gov.br
Pelo WhatsApp (61) 98626-1197
Pelo site da PCDF
Pela Ouvidoria do GDF, telefone 162
No Batalhão Ambiental da Polícia Militar: (61) 3190-5190 ou WhatsApp (61) 99351-5736
A denúncia pode ser anônima. A PCDF tem uma Delegacia de Repressão aos Crimes Contra os Animais, que foi criada para combater maus-tratos, crueldade, negligência e abandono.
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