De volta à sala de aula: projeto da UnB forma 86 alunos em curso que ensina a envelhecer com propósito

  • 01/08/2025
(Foto: Reprodução)
Universidade do Envelhecer: curso da UnB está com inscrições abertas até 17 de agosto Aos 53, 63, 71 anos… O que motiva alguém a voltar para a sala de aula? No Distrito Federal, dezenas de pessoas escolheram aprender a envelhecer e descobriram, nesse processo, novas formas de viver essa etapa da vida. Nesta sexta-feira (1º), a Universidade de Brasília (UnB) certifica 86 alunos no curso de extensão em Educador Político Social em Gerontologia, promovido pela Universidade do Envelhecer (UniSER). 📱Baixe o app do g1 para ver notícias do DF em tempo real e de graça 🔍 Educador Político Social em Gerontologia é uma formação voltada para promover o envelhecimento ativo e fortalecer a participação social de pessoas idosas. O curso gratuito tem duração de dois anos, com aulas diárias e temas diversos como autocuidado, direitos e cidadania, artes, línguas e movimento. Mais do que conteúdo, a UniSER é definida pelos alunos e professores espaço de troca, pertencimento e transformação. “Na velhice, falta propósito de vida. As pessoas precisam aprender a envelhecer, como adolescentes aprendem a crescer, e no curso elas aprendem isso. A formatura vem como uma forma de inspirar os netos, os filhos”, diz Margô Karnikowski, coordenadora do programa. Com sede na UnB e presente em 12 regiões administrativas do DF, a UniSER completou 10 anos em 2025. O curso está com inscrições abertas para novas turmas em sete regiões do DF até o próximo dia 17. “No DF, nós vamos ter uma população cada vez mais envelhecida. A ideia é aproveitar as possibilidades da velhice — e não apenas lidar com as perdas, principalmente as biológicas. Temos discutido as potencialidades de sermos a capital sênior”, afirma Margô. Velhice ativa e afetiva Inez Castro e colegas de turma em convite de formatura. Arquivo Pessoal Aos 63 anos, Inez Castro é uma das formandas desta sexta. Para ela, a beca e o canudo de formatura simbolizam motivação e recomeço. Bancária aposentada e formada em administração, ela já considera fazer uma pós-graduação em Gerontologia. “No curso, a gente passa a ver a velhice como uma etapa da vida, e não como o fim. Uma etapa que pode ser vivida de forma prazerosa e ativa”, disse ao g1. Além do aprendizado teórico, Inez reforça a importância do convívio social na saúde e no bem-estar dos colegas. “Isso ajuda a melhorar ou até adiar condições debilitantes. Com o grupo, a gente fica mais disposto.” Para ela, a grande lição do curso é que nunca é tarde para buscar um novo propósito. E que a terceira idade também pode ser uma fase prazerosa. Lidar, cuidar e transformar Cidinha (à esquerda) e colegas (à direita). Arquivo Pessoal A iniciativa é voltada para pessoas idosas, mas também aceita candidatos a partir dos 45 anos. Uma das formandas deste semestre é Maria Aparecida da Cunha Paniago, a Cidinha, de 53 anos. Formada em Letras, ela viu no curso a chance de retomar os estudos. “O curso é uma bênção para quem é da terceira idade. Mas o mais bonito é que ele começa a aceitar pessoas a partir dos 45. Não é só para a gente se entender como pessoa idosa, mas para continuar lidando com o idoso, cuidar e transformar”, afirma. A turma dela começou com cerca de 55 alunos e 42 foram até o fim. Para Cidinha, a experiência foi marcante não apenas pelo aprendizado, mas também pelas amizades que fez. Ela conta que está ansiosa para a formatura, mas com o “coração partido” por se despedir dos colegas. “A nossa turma é muito unida, fizemos muitos passeios, muita coisa boa. Viramos uma família.” Um novo capítulo 50 anos depois Maria Elizabeth Malaquias Ferreira, de 71 anos, começou o curso este ano e não estará na formatura desta sexta, mas também tem planos promissores. Formada em Direito, ela se aposentou após 21 anos de carreira e decidiu revisitar um sonho antigo: ser professora de literatura. “Quando adolescente, quis fazer Letras, mas meu pai não deixou. Agora, 50 anos depois, vou cursar Letras pela UnB. Quero aprender técnicas para influenciar crianças pela leitura. Sempre gostei de ler, e quero levar isso para outras realidades", conta. Maria Elizabeth foi aprovada no vestibular 60+ da UnB e começa as aulas no segundo semestre. Para ela, a UniSER preencheu espaços que ela já não se lembrava. “A gente se dedica ao trabalho, à casa, à família, e esquece da nossa evolução. O curso me ajudou a conviver com iguais, a me sentir acolhida. Eu ainda posso contribuir muito com a sociedade", conclui. Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

FONTE: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2025/08/01/de-volta-a-sala-de-aula-projeto-da-unb-forma-86-alunos-em-curso-que-ensina-a-envelhecer-com-proposito.ghtml


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